2016 o ano do fim e de novos começos

Todo final de ano é a mesma coisa. Pessoas reclamando do ano, desejando que ele termine logo, pessoas agradecendo um ano tão bom e desejando um novo ano igual ou melhor. Na minha opinião e experiência, tudo depende de como você enxerga as coisas. Um problema pode ser uma pedra no caminho, um fardo ou pode ser uma oportunidade de amadurecimento, de aprendizado. Falam por ai de copo meio cheio, meio vazio, para mim, o copo é recarregável.

Para a humanidade, ano 9 é um ano muito importante. Ano de fechamento, de fim. Por essa razão que tantas desgraças acontecem e perde-se tantas pessoas queridas. É o balanço do universo (por mais cruel que isso possa parecer). Pode ser visto como um ano difícil, ou como um ano intenso.

Esse conceito, essa ideia de recomeço que todo ano novo nos dá é maravilhoso. Mas, como diria Ricardo Melo, podemos ter um Ano Novo todos os dias. Eu sou uma pessoa bem otimista, e quando o dia começa meio virado, respiro fundo e penso “Ok, vamos começar de novo”. Mesmo assim, zerar o ano e começar do zero é demais. Sinto que todo 1/1 é um recomeço.

Para mim, foi um ano absurdamente intenso e maravilhoso ao mesmo tempo. Tomei muitas decisões, muitas. Muitas difíceis (como trancar meu PhD), outras que pareciam ser tão óbvias e estavam lá no meu nariz e eu estava com a visão turva. Não teria como 2016 não ser um ano maravilhoso, foi ano que me tornei mãe. Claro que foi um ano de fim. Fim daquela vida de pensar em qualquer outra coisa que não ela, de programar os dias, de dormir até tarde. Na verdade, quando nos tornamos pais é o fim de uma vida e o começo de outra.

Me senti muito sozinha naqueles dias de inverno com um bebê recém nascido no colo, mas ao mesmo tempo ganhei amigas maravilhosas que me fizeram tanta companhia. Amigos se foram, amigos chegaram. Até grupo virtual de mães eu tive (e tenho, graças a Deus).

Como não amar o ano que a Austrália nos recebeu como cidadão residente? Lembro exatamente o dia que recebemos o email do agente dizendo “Parabéns Aline e André”e eu tremia de tanta felicidade. Irei escrever sobre o nosso processo de PR, aguardem.

Eu finalmente resolvi fazer um blog em 2016. São tantas pessoas que entram em contato comigo querendo saber informação daqui, que resolvi compilar tudo em um só lugar para atingir o maior número de pessoas possíveis e nisso criar uma rede de ajuda para quem, como eu, tem sonho de imigrar para Austrália. Consegui fazer na medida que queria, dividindo experiências pessoas sem contar demais da nossa vida (tive uma experiência muito ruim no passado com isso).

Profissionalmente foi muito interessante. Recebi novas oportunidades de trabalho com a YEPOZ para multiplicar a corrente do bem e oferecer um serviço a mais para quem precisa. Mudei minha postura no trabalho e passei a ver as coisas com mais leveza. Até uma espécie de reconciliação aconteceu porque eu resolvi mudar.

Minha fé se consolidou nesse ano de 2016, normal acontecer isos na alegria mas nas dificuldades é que ela é testada. Maturidade ajuda a confiar na vida e deixar as coisas acontecerem. Quanta maturidade nesse ano. Começei a receber uns áudios chamados “Pílula do Evangelho” que mudaram minha vida (valeu, Chris).

Quantos fins necessários aconteceram em 2016 e quantos problemas que trouxeram novos caminhos… Li um texto na última semana do ano recomendando para fazer um balanço do ano com tudo que aconteceu e analisar as consequências dos problemas, por exemplo, teve que cancelar uma viagem e ficou arrasado mas dois meses depois mudou de emprego e teve que começar na semana que estaria viajando. Essas coisas. Fins são novos começos também.

Eu acredito que o ano tem a cara que você der para ele, a cor que você der. Pode ser cinza com um monte de problema, ou pode ter tons de vermelho e mais e mais cores que você dá.

E você, que cor quer dar a 2017?


2 comentários sobre “2016 o ano do fim e de novos começos

  1. Ah, Line! Que lindo! Eu também acho que o copo é recarregável – adorei o termo, btw! E adorei o “fim que são novos começos”. Acho que o nosso problema como seres-humanos é em não gostar de mudanças – e por isso os fins são doloridos. Ninguém pensa no final de um relacionamento, por exemplo, como simplesmente isso: um relacionamento que foi bem sucedido por X anos (adoro essa analogia de HIMYM), cuja data de validade passou. As mudanças são difíceis e dolorosas – falo por mim… E olha que mudei, viu? – e, talvez por isso, anos 9 sejam anos difíceis!
    Um beijo, sua linda!

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    1. Tati, amore, tem uma frase de Drummond que acho o máximo”A conquista da liberdade é algo que faz tanta poeira, que por medo da bagunça, preferimos, normalmente, optar pela arrumação”.
      Ano 9, é um ano tão importante. Difícil, mas faz aquela mega faxina na nossa vida.
      Um brinde aos novos começos. Beijos

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